segunda-feira, 17 de maio de 2010

RODÍZIO DE COMIDA JAPONESA, STAND UP COMEDY E REDES SOCIAIS

Recentemente escrevi um artigo para publicação em veículos de imprensa, à pedido do Diretor da agência.

O artigo passou por algumas alterações e enquanto não é publicado eu coloco aqui o original:

Lendo o título deste "artigo" você pode se perguntar o que uma coisa tem a ver com a outra ou o que tem a ver com esta publicação.

Posso dizer que os três tem um ponto em comum e que também tem tudo a ver com marketing promocional.

Uma vez no twitter, vi uma pequena reflexão, já que são apenas 140 caracteres para escrever nesta plataforma de microblog. Apesar de curto, na minha opinião, o pensamento fazia uma boa leitura de 2 “modinhas”. O twitteiro dizia que Stand Up Comedy estava como Rodízio de Comida Japonesa, você encontra em qualquer bar e um pior que o outro.

Posso dizer que com o crescimento da internet e o aumento da geração de conteúdo por parte de qualquer internauta, potencializado por ferramentas como blogs, facebook e principalmente o twitter, as marcas têm se questionado e se vêm na necessidade de estarem presentes nessas redes, onde o público também está.

E público nesse caso, hoje em dia, é todo mundo. Não são só jovens “antenados”. A coisa está bem popular, prova disso são os jogos online em plataformas como Facebook ou Orkut e nesse caso vale mencionar o jogo Colheita Feliz, do Orkut que é uma reprodução similar do bem sucedido FarmVille do Facebook, porém a versão que se popularizou no Brasil é a do Orkut, com cerca de *18 milhões de jogadores, número 9 vezes maior que o de usuários brasileiros no Facebook (2 milhões) e 3 vezes maior que o número total de brasileiros no Twitter (6 milhões).
*segundo dados do caderno Link do Estadão.

A presença das marcas na rede, ainda não é muito invasiva, como em outras ferramentas da internet e o ponto chave está na marca produzir algo que seja atraente para seus consumidores. Nas redes sociais, elas têm a chance de dialogar com o consumidor e ter um contato maior com eles.

Se a marca tiver um bom posicionamento, o resto é branding. É usar a plataforma para ter mais um ponto de contato com os consumidores, explorando os atributos da marca ou produto.
No Facebook e no Twitter, receber conteúdo da marca, de certa forma ainda é controlado pelo usuário e quando ele recebe por outra pessoa que indica, geralmente é algum amigo ou alguém que faz parte da rede de contatos do usuário.

Para quem quer entrar neste mundo, é uma questão de alinhar com o que os usuários já fazem na rede e explorar características das diferentes plataformas, pensando nas expectativas de quem está inserido nelas, além de alinhar com a tendência da publicidade, em vender experiências, sensações e valores, ao invés de produtos.

O Burger King fez isso com o “Whopper Sacrifice”, em que propunha que o usuário do Facebook, trocasse 10 amigos por um sanduíche, o Whopper. Ao deletar 10 amigos, ele ganhava um vale para trocar por este sanduíche que é o carro chefe da rede de fast food norte-americana. A conclusão deles era que as pessoas gostavam mais do Whopper do que dos amigos. Deu certo, gerou visibilidade, criou empatia e gerou buzz.




Voltando a pensar no título deste e-mail, marcas que quiserem se aventurar nas redes sociais, devem ter cuidado para que o tweet não ganhe mais um integrante e de repente vire: “Rodízio de Comida Japonesa, Stand Up Comedy e Redes Sociais, todos querem ter, mas nem todo mundo sabe fazer direito”. Cabe em 140 caracteres e no cenário atual de grandes cidades e da internet no Brasil.

Valeu,
@3ernardo
"Quase cronista"

2 comentários:

@marizaao disse...

Concordo com você,Stad up comedy já foi melhor.Conforme passa o tempo aparecem mais e mais comediantes com piadas prontas e repetitivas.
Ah!Que interessante esse comercial do BurgerKing,não achei que as pessoas trocariam amigos por comida,hahahaha!

@marizaao ;)

3ernardo Tavares disse...

É isso aí.

Então, esse lance do BK na real é aquilo que eu estava falando.

São novos formatos de trabalhar a marca próximo ao público e chamando atenção.

Não é comercial, faz parte do tipo de coisa que eu fazia na agência.

O legal da publicidade é que ela precisa evoluir constantemente e se adaptar à tendências comportamentais humanas.

Por isso que eu disse que sinto falta agora, de filosofia, estudo do comportamento humano e algumas outras questões extra publicidade.

Valeu por aparecer!