Escrevi este texto pro pessoal da agência que trabalho e resolvi colocar aqui, mesmo com o blog bem parado, mas pelo menos posso dividir com mais pessoas minha opinião quanto à inovação e tendências
Tenho visto as coisas muito assim:
Surge uma novidade, geralmente na gringa, depois a gente vê pelo twitter, se espanta, fica feliz, se empolga... mostra pra todo mundo e depois quer implantar.
Mas a gente precisa tomar MUITO cuidado, pra não cair no lugar comum, querer usar uma novidade e não entender a essência dela.
O ponto está em entender porque aquilo faz sucesso, realmente entender a essência da composição daquela novidade e se quiser reproduzir, usar o mesmo raciocínio e não o mesmo formato.
Falo isso pensando em ações de guerrilha ou com uso de tecnologia.
Tenho consciência que para a gente, que cria, lê e está sempre antenado, isso não é novidade e que, muitas vezes para nosso cliente, que é mais quadrado e menos antenado nesta parte que a agência é responsável, isso acaba sendo novidade, mas precisamos ficar atentos para ter a sensibilidade de saber, se para o público isso será visto como novidade.
Estas ações tem o objetivo “secundário” de agregar valor para a marca/produto e geralmente esses valores estão associados a criatividade que vem junto com o fato de ser inusitado.
Eu venho vendo alguns flashmobs que estão banalizando a idéia e fazendo muita gente criar um certo “bode” disso.
Na minha opinião, precisa fazer este exercício que eu citei acima e repito:
- Aprender com o que é novo.
- Captar a essência da novidade.
- Entender o raciocínio criativo (fazer o caminho reverso para entendê-lo)
- Verificar se aquilo agrega para a marca e produto (usando o consumidor e seu repertório como parâmetro)
Bom, achei importante salientar isso.
Tem um exemplo aqui de coisas que no twitter eu diria #fail, ou seja... como diz uma amiga “ERRO”, simplificando: quiseram ser diferentes e fracassaram.
O pior na minha opinião é o da Havaianas:
E confesso que essa notícia que vi anunciando que iria rolar um flashmob, tb me fez sentir isso:
Num breve exercício, pensando no objetivos dos flashmobs, eu encaro que a idéia não é impactar ali na hora, mas sim impactar as pessoas que vem depois, pela internet, já que na hora, aquilo tem visibilidade baixa, são poucas pessoas que acabam tendo contato, portanto apesar de gerar um boca a boca, ele é menor que a capacidade de visibilidade e viralização que rola na internet, até porque na internet as pessoas têm mais ferramentas para viralizar.
Mas se o flashmob fica forçado, aí a coisa fica feia pra quem criou. Neste último vídeo é possível ver a reação das pessoas, através dos comentários negativos. Na hora, pode ter sido legal pra quem viu, mas lembrando do raciocínio, o objetivo não é esse né?!
Espero que entendam meu raciocínio e ponto de vista.
@3ernardo
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